domingo, 19 de fevereiro de 2012

Viagem relâmpago: Kyoto

Karen: Vamos pra Kyoto?!
Eu: Huum, que tal sábado que vem?
Karen: Vamos!! na sexta passamos na livraria pra comprar um guia de turismo de Kyoto!
Eu: Combinado!

E assim começava os preparativos pra viagem relâmpago a Kyoto.
Como combinado, na sexta fomos a livraria procurar o guia de turismo. Havia de vários lugares, como Tókyo, Yokohama, Okinawa, entre outros. Encontramos vários de Kyoto de diferentes editoras, escolhemos aquele que parecia ser mais fácil de se encontrar, com mapas e imagens dos pontos turísticos.
Ainda na sexta fomos a uma loja de usados, o objetivo? Comprar um tripé pra nossa câmera.

No dia 26/11/2011, sábado, pegamos então a estrada e fomos ao nosso passeio.
Siga nosso itinerário:

7:00 Pé na estrada
Com tanque cheio e pneus calibrados, embarcamos no Jazz e subimos na expresso Meishin pela Ichinomiya Interchange.

9:00 京都 (Kyoto)
Chegando em Kyoto enfrentamos o primeiro trânsito do dia. Após uma hora..

10:00 清水寺 (Kyomizu-dera)
Ao chegar nas redondezas do templo Kyomizu-dera reparamos que não havia muitos estacionamentos, e os que encontrávamos já estavam ocupados. Enfim, encontramos um estacionamento vago próximo ao parque Maruyama. Após conhecer o parque e o templo Chion-in caminhamos cerca de 30 minutos até o templo Kyomizu-dera. Durante o percurso passamos por diversas lojinhas tradicionais de Kyoto. O templo foi construído todo de madeira ao lado de uma encosta. A vista do templo é impressionante.
Aglomeração nas estreitas
ruas de Kyoto
Além das lojas,
artistas de rua














Kyomizu-dera
Kyomizu-dera













Andamos muito aos redores do templo Kyomizu-dera. Voltamos ao estacionamento um pouco antes das 14:00. Fiquei espantado com o valor a ser pago, ¥3.300 ienes!! Pagamos, eu em estado de choque, e fomos ao famoso..

15:00 金閣寺 (Kinkaku-ji)
Conhecer o famoso Templo do Pavilhão Dourado, esse é o principal destino de todos que vão a Kyoto, e claro, o nosso também. O templo foi construído em 1397, passando por restaurações até chegar ao atual templo revestido de folhas de ouro puro. 

Kinkaku-ji
Templo do Pavilhão Dourado













金閣寺
17:00  嵐山 (Arashiyama)
Exaustos de tanto andar, ainda assim, decidimos conhecer antes de irmos embora, os arredores do lago Arashiyama. Não sabíamos, mas nos aguardava o segundo trânsito do dia, demoramos uma hora para conseguir encontrar um estacionamento que custasse menos de ¥3.000 ienes. 
Visitamos muitas lojas de souvenirs da região, barracas de comidas, a estação de trem de Arashiyama e a ponte do lago. Não levamos câmera, já era noite e o cansaço ajudou na decisão de deixarmos a câmera no carro. Deixo duas fotos do local que encontrei na internet.

Lojas de Arashiyama
Ponte do lago












20:00 Pra casa
A esta altura já não aguentávamos ficar em pé. Queríamos chegar logo em casa, mas, nos deparamos com o terceiro trânsito do dia, sair de Kyoto foi tão difícil quanto entrar na cidade. Chegamos em casa as 23:30!! Mas valeu a pena cada minuto do passeio.

Um pouco sobre Kyoto
Kyoto é a antiga capital do Japão. Durante a Segunda Guerra Mundial Kyoto e seus 1.600 templos, palácios, jardins e edifícios foram poupados dos bombardeios tornando uma das cidades mais bem preservada de todo o Japão. De fato, ao conhecer a cidade, passamos por inúmeros templos. Apesar da alta tecnologia japonesa estar presente em todos os lugares, os templos sagrados são mantidos intactos, gerando um contraste visual que nunca tinha visto.
Dos três grandes lugares que visitamos dois são Patrimônios da Humanidade; Kyomizu-dera e Kinkaku-ji.

Outras fotos
Souvenirs no parque Maruyama 
Parque



templo Chion-in

Pão de curry quentinho











Lendárias gueixas

Olha o tripé ai










Kyomizu-dera
Portão budista Sanmon














Guia turístico, ingressos de Kyomizu-dera e Kinkaku-ji
O tripé foi sucesso, possibilitando fotos como essa

A viagem foi curta e rápida, mas intensa e proveitosa!
Nada como um dia ensolarado, um lindo lugar e uma ótima companhia, para renovarmos nossas energias.
Um abraço a todos. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Tipos de motores parte II


Motor rotativo

O motor rotativo (motor Wankel) não utiliza pistões como um motor convencional, possui um rotor com três faces convexas, cada uma atuando como um pistão.
O motor apresenta algumas vantagens, como ser simples, ter um número reduzido de peças e proporcionar uma grande potência em relação a sua cilindrada.





A Mazda foi a maior responsável pela evolução da tecnologia Wankel, ela se interessou bastante pela tecnologia por causa do apoio dado pelo governo japonês que queria conquistar novos mercados com tecnologias de ponta. O RX-7 foi o modelo equipado com esse motor com maior sucesso, porém, devido a sua alta taxa de emissões e ao seu consumo elevado teve suas vendas restritas a poucos mercados no mundo. O único modelo em produção atual com motor rotativo é o Mazda RX-8, ele possui um novo e premiado motor rotativo chamado Renesis.


 
O RX-8 da Mazda gera surpreendentes 250 cv com seu motor de apenas 1.3 L


Mazda RX-8


Motor híbrido

Um motor híbrido utiliza mais de um motor. O mais usado é o motor a combustão com outro motor elétrico. O principal objetivo é reduzir o consumo de combustível e consequentemente diminuir as emissões de poluentes na atmosfera. Os dois automóveis híbridos mais conhecidos são o Toyota Prius e o Honda Insight, ambos não necessitam de serem recarregados através de uma ligação externa.


Há dois meses tive a oportunidade de dirigir um Honda Insight. O veículo é equipado com um sistema que a Honda patenteou de VCM (Variable Cylinder Management), esse sistema interrompe o funcionamento do motor a combustão quando o carro está parado ou em baixas velocidades na desaceleração. O motor retorna ao funcionamento em milésimos de segundo após retirar o pé do freio. Apesar de eficiente, achei um pouco incômodo sentir a leve trepidação que o veículo faz sempre que o motor a combustão é reativado, mas acredito que seja uma questão de se acostumar com a tecnologia.


Honda Insight


Interior

O Toyota Prius, líder em vendas do segmento, chega ao Brasil este ano



Motor elétrico

O motor elétrico usa energia proveniente de uma bateria e não de combustível como nos motores convencionais. Os carros normalmente podem ser recarregados através de tomadas comuns ou em postos de carga rápida. O grande trunfo está na emissão zero de gases poluentes na atmosfera.




Nissan Leaf - A energia gerada das frenagens é revertida para recarregar a bateria, é semelhante ao sistema KERS, que está presente nos carros de Fórmula 1.
  

Toyota FT-EVII
na plataforma do iQ
Nissan Esflow
Conceito desportivo 100% elétrico












É isso aí galera.
Eis os motores que acho interessantes e que merecem destaque. Espero que tenham gostado!
Um abraço a todos que acompanham o blog.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tipos de motores parte I


Uma das maneiras de classificar o motor de um carro é conforme a disposição dos pistões no bloco do motor. Podemos encontrar motores em linha, contrapostos (boxer), em V e em W.

Motor em Linha

Esse é o tipo de motor mais utilizado pelos veículos. A razão
está no pouco espaço necessário para acomodá-lo debaixo
do capô. Dessa maneira é possível a fabricação de carro mais compactos.





Toyota iQ, o menor carro
 para 4 pessoas do mundo
Um dos primeiros bloco de motor
em linha da Toyota


Remoção do motor em linha com Diogo Arasaki
- Toyota Corolla Ceres -

Motor Boxer

Para um motor Boxer o tamanho do capô precisa ser no mínimo
médio, devido aos pistões estarem ''deitados'' no bloco do
motor. Essa posição possibilita deixar o motor em uma altura mais próxima ao solo, dando uma boa estabilidade ao veículo como comentei no post ''vem aí o 86''.





Muitos desconhecem: o xodózinho fusca é
alimentado por um legítimo motor boxer



Motor em V
É necessário um compartimento de motor muito grande para
acomodar um bloco de motor em linha com mais de 6 cilindros.
A solução? colocá-los em duas bancadas formando um ''V'' e
aproveitar o bom desempenho de potência.
Esse tipo de motor é muito utilizado pelos carros esportivos.


Motor em V
Curso da Toyota, V6














Ferrari F430 Spider V8
Ferrari F430 Spider V8














Motor em W

Custo alto e muita potência definem esse motor. É conhecido também como duplo V. A intenção é compactar o máximo possível o motor de diversos cilindros. Um dos carros que recebe esse monstruoso motor é o Bugatti Veyron.

Volkswagen Golf GTI W12
Bugatti Veyron W16












Muitas pessoas assimilam a quantidade de pistões de um motor com sua potência, ou seja, quanto mais pistões mais potência terá o motor. Mas cuidado! nem sempre isso é verdade.
Um exemplo é o maior rival do Bugatti Veyron, o carro suéco Koenigsegg. Enquanto o primeiro é alimentado por um monstruoso W16, o segundo tem um motor V8.


Bugatti Veyron W16                   Koenigsegg Agera R V8
Potência: 1.001 cv                        Potência: 1.115 cv
Veloc. máxima: 407 km/h             Veloc. máxima: 420 km/h

Isso mostra que a potência de um propulsor não está relacionada apenas com a quantidade de pistões. Deve-se levar em conta a tecnologia e tipos de sistemas usados no motor.


Koenigsegg Agera R V8

Quase todos os veículos utilizam motores quatro tempos (ciclo Otto). O nome vem da quantidade de etapas ocorridas dentro de cada cilindro para o motor completar um ciclo inteiro.

1º tempo: Admissão
A válvula de admissão se abre e a mistura ar/combustível é aspirada para dentro do cilindro pelo movimento de descida do pistão.

2º tempo: Compressão
A válvula de admissão se fecha, o pistão se desloca para cima comprimindo a mistura ar/combustível.

3º tempo: Combustão
Momentos antes do pistão alcançar o topo do cilindro, o sistema de ignição transmite corrente elétrica á vela, produzindo faísca entre os eletrodos desta. A compressão gerada pelo pistão somada a mistura ar/combustível e a faísca, geram a explosão dentro da câmara, empurrando o pistão para baixo.

4º tempo: Escape
A válvula de escape se abre e os gases formados durante a etapa anterior são expelidos para fora do cilindro pela subida do pistão.

Ficou difícil ainda de entender!?
Ok, aqui vai um video para você visualizar melhor.
Somos os pistões, nossos braços as válvulas (braço direito: admissão, braço esquerdo: escape), o movimento de sobe e desce...
Enfim, confira o ronco desse motor em linha:



1º pistão: Cristiano Trevisan
2º pistão: Rafael Nakata
3º pistão: Fernando Uemura
4º pistão: Marcio Shinzato
Risada maligna: Diego Deguchi
Comentarista: Priscila Hirano
Comentário ao fundo: Prof. Adalberto Missunaga e Prof. Valdemar Yamada

Obs.: Nossa querida amiga Priscila se confunde e nos chama de cilindro durante a filmagem, mas não se perca, somos pistões.

O movimento vertical dos pistões são transmitidos para a árvore de manivelas, sistema de transmissão, sistema de tração e enfim às rodas, fazendo o veículo se mover.

Para cada tempo do motor a árvore de manivelas gira um determinado ângulo, mas decide não citá-los para o post não ficar chato. Nos tipos de motores acontece o mesmo; para cada tipo de construção de motor os pistões trabalham em um determinado ângulo, achei desnecessário postá-los aqui.

Existem outros tipos de motores que acho interessante dar destaque, mas estes ficam para o próximo post.

Um enorme abraço galera!!