domingo, 2 de setembro de 2012

Voando baixo

Em carros superesportivos o aerofólio tem a função de manter o veículo colado ao chão. Isso é possível devido a aerodinâmica do equipamento. Pense no funcionamento de uma asa de avião, onde o objetivo é fazer com que o fluxo de ar crie uma força vertical e tire as dezenas de toneladas do chão. No carro essa asa está invertida, fazendo com que a força gerada pelo fluxo de ar seja forçada para baixo, essa força é conhecida como downforce.

Quanto maio for o ângulo de inclinação do aerofólio maior será o efeito de downforce e consequentemente o carro terá um ótimo grip para curvas em altas velocidades.
Digamos que o downforce gera um peso a mais sobre as rodas de tração dos possantes, aumentando a aderência entre pneu e pista e abaixando o centro de gravidade do mesmo. Porém, essa forte aderência faz com que os pneus tenham um desgaste prematuro, além do veículo perder velocidade em retas. Com isso, a busca do melhor ângulo da asa nos carros de competição é constante, uma vez que cada piloto demonstra um temperamento particular na condução de suas máquinas. Esse ''mágico peso extra'' é gerado somente quando o carro atinge altas velocidades, possibilitando um carro leve em largadas e retomadas.


Em muitos carros de passeio o aerofólio acaba tendo um papel mais visual do que funcional. Isso porque esses carros são projetados e limitados para faixas de velocidades onde não haja influência da força de sustentação na estabilidade do veículo, ou seja, a relação força de sustentação/peso é muito baixa. Em contrapartida, alguns superesportivos de rua fazem bem o uso da asa.

Acompanho a Super GT, principal competição automobilística japonesa. Em um dos programas fizeram um teste muito bacana para demonstrar a importância do aerofólio e a atuação do downforce.
Confiram o vídeo com direito a legenda:

    
É isso aí galera! Espero que tenham gostado.
grande abraço a todos.

domingo, 5 de agosto de 2012

Não foi acidente

No dia 17/09/2011, Miriam Baltresca, 58 anos e Bruna Baltresca, 28, vão ao Shopping Villa-Lobos, em São Paulo. Passeiam, fazem compras e vão ao cinema. Ao retornarem para o estacionamento, caminham tranquilamente pela calçada. Espantam-se ao ouvirem uma derrapagem, uma forte luz ofusca suas vistas. Algo está errado..
Nesse meio tempo, Rafael Baltresca, 32, vai a uma peça de teatro com sua namorada. Ao retornar para casa, por volta das 2h00, recebe um telefonema da 14ᵃ delegacia de polícia de São Paulo, pedindo para que comparecesse a delegacia, sua mãe e irmã haviam sofrido um grave acidente. Miriam morreu na hora, Bruna foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Marcos Alexandre Martins, 33, dirigia a aproximadamente 140 km/h, quando embriagado, atingiu violentamente a família de Rafael. Apresentando sinais de embriaguez, Marcos se negou a fazer o teste do bafômetro. Apesar de ter sido levado preso por homicídio doloso, quando há intenção de matar, hoje ele se encontra em liberdade.

Em decorrência desse trágico acidente, Rafael Baltresca iniciou um projeto, o Não foi acidente, que tem como principal objetivo a obrigação de realizar o teste do bafômetro ao ser solicitado e leis mais rigorosas a motoristas que dirigem bêbados. Para que o projeto de Rafael chegue ao Congresso Nacional como petição pública, é preciso de 1.300.000 assinaturas. No momento, 560.000 pessoas aderiram ao movimento.

Miriam Baltresca e  Bruna Baltresca

Apesar da frase ''Se beber não dirija'' ser um clichê, na prática muitos não levam a sério. A conscientização de diversos motoristas está errada. Muitos alegam que estão aptos a dirigir, mesmo embriagados. Outros argumentam que ''a justiça não irá fazer nada''. Aqui no Japão a lei em relação a esse assunto é rigorosa e eficaz. As penas variam de 5, 10 ou até 15 anos de prisão dependendo da gravidade de um acidente por embriaguez. A lei japonesa puni até mesmo os passageiros, independente de possuírem carteira de habilitação ou não, quando o carona permiti que o motorista dirija embriagado. Donos de bares são outros que podem ser responsabilizados se oferecerem bebidas alcoólicas para alguém que vá dirigir, por esse motivo, praticamente todos os bares no Japão oferece um serviço de táxi para o consumidor, levando até mesmo o veículo do proprietário em sua residência.


Se você leu este post até aqui, tenho certeza que você pode ceder mais 5 minutos de seu tempo e ajudar assinando essa petição. Não basta querer, é preciso agir. Desejamos um país mais digno e seguro, para isso precisamos nos mobilizar e fazer a diferença. Não espere algum familiar ser vítima de mais uma irresponsabilidade no trânsito.
Atenção galera, não estamos falando em parar de beber nossa gelada aos finais de semana com os amigos, apenas lembre-se que beber e DIRIGIR é crime.
Aqui em casa já assinamos a petição, contamos com sua colaboração.


''Perdi meu pai há 7 anos, e há 3 dias perdi minha mãe e minha irmã, minha família foi destruída, foi desmoronada, mas com um propósito, me ajudem a fazer a justiça nesse caso, para que seja um caso de exemplo pro Brasil e pro mundo.''
Rafael Baltresca em entrevista na Ana Maria Braga 20/07/2011

Link para assinar a petição: http://naofoiacidente.org/site/assine/

Pra quem acompanha o CQC, esse foi o assunto do primeiro Proteste já desse ano. Rafael explica o projeto:

terça-feira, 17 de julho de 2012

Experiência nas alturas

Aproveitamos a escalada do Monte Fuji para fazer uma experiência com o componente foles, encontrado em carros carburados com sistema HAC.

Sistema HAC

Quanto maior a altitude que estivermos menor será a concentração de oxigênio na atmosfera, isso afeta diretamente na mistura ar/combustível de um veículo carburado. Uma vez que esses carros não eram equipados com sensores para detectar variações de O2, como em um carro com injeção eletrônica.

A solução encontrada foi adicionar o sistema HAC (High Altitude Compensation) ao carburador. O sistema introduz mais ar ao carburador em altas altitudes, corrigindo a relação ar/combustível dos possantes. O componente que detecta e abre passagem para mais ar é o foles. Quando ocorre uma variação na pressão atmosférica, devido à altitude, o foles se expande, possibilitando uma entrada maior de ar.

Além de proporcionar maior economia de combustível, o sistema tem um importante papel em reduzir a emissão de poluentes como HC (Hidrocarbonetos) e CO (Monóxido de Carbono) na atmosfera.

TTCNs prontos para a aventura

Olha aí os primeiros sinais da variação da pressão e os primeiros pingos de chuva

Esquecemos de levar um paquímetro ou mesmo uma simples régua para medirmos a variação do foles. Para ser mais sincero, imaginávamos que a variação do componente seria facilmente visualizada a olho nu. Um grande engano nosso, pois não conseguíamos afirmar se o foles havia variado seu tamanho assim que chegamos no topo da montanha.


Conclusão

Ficou impossível dizer se o componente realmente funcionou.
De duas, uma: Ou o foles apresentou uma variação mínima e não percebemos por estar sem os instrumentos de medição, ou o componente estava danificado e ele simplesmente permaneceu invariável.
Dessa forma, o resultado de nossa experiência foi pouco satisfatório.
De qualquer modo, valeu a iniciativa de buscar mais conhecimento através de nossas práticas e experiências.

Resultado não satisfatório

Até a próxima pessoal!
Um abraço especial ao meu querido amigo Cristiano Trevisan.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Monte Fuji

E ai pessoal! Chegou o verão na terrinha do sol nascente.
Com isso, se você tem espírito aventureiro, pode estar pensando em subir o famoso Monte Fuji neste ano. A montanha pode ser escalada no período entre 1 de julho até final de agosto.
Tive o prazer (sim, eu curti muito) de subir o Fujão por 2 vezes, em 2008 e 2011. Assim, deixo aqui algumas dicas para você que pretende subir pela primeira vez!

Primeira subida
Em 2008 subi o Fuji com a galera da EBH (Escola Brasileira de Hamamatsu).
A primeira vez foi mais complicado, não sabia bem o que me esperava.
Assim que chegamos pegamos um taxi que nos levou até a quinta estação, onde começamos a subir. O taxista gentilmente nos forneceu os cajados de madeira para facilitar a escalada. E hoje, posso afirmar com toda certeza: O cajado faz a diferença!! Por isso, se você não tiver a mesma sorte, aconselho a comprar o bastão.

Pink, Karen, Eu, Yuki, Thais e Vina
Se Agasalhe
Assim que começamos a avançar montanha acima reparamos a grande mudança de temperatura, nosso amigo Yuki não tinha levado blusa suficiente, emprestei-lhe uma que levava na bolsa. Quando chegamos na sétima estação me informaram a temperatura do topo nesse dia, -13˚C!!

Leve comida
Por alguma razão, que agora não me recordo, tive a brilhante idéia de levar barra de cereal para comer caso sentisse fome. O fato é que subir os 3.776 metros dá muita fome. Encontramos algo para comer apenas na nona estação, foi onde comi o melhor macarrão instantâneo da minha vida (e o mais caro). Lembre-se também de levar água para se hidratar.

Saiba seu limite
Infelizmente de nós 6 apenas 3 chegaram ao topo. A Karen, Yuki e Thais ficaram na oitava estação, onde há um lugar para pousar. Nada de luxo, apenas um futon e um cobertor. Mas quando se esta na oitava estação a beira de seu limite, a pousada ganha 5 estrelinhas. É claro que essa mordomia tem seu preço, salgados ¥5.000 ienes; leve dinheiro.


Remédio
O frio que fazia no topo, somado ao vento e ao cansaço fez com que minha cabeça simplesmente parecesse que iria explodir! Lembre-se de levar um bom remédio para dores de cabeça e muscular.


A recompensa
A poucos metros do topo, ainda de noite, deitamos (Eu, Pink e Vina) exaustos sobre as pedras da montanha e contemplamos o céu estrelado. Jamais tinha visto e jamais vi novamente um céu com milhares de estrelas como naquele dia. Outro ponto interessante foram as inúmeras estrelas cadentes que pudemos ver, algo realmente inesquecível.
E por último, o deslumbrante nascer do sol.












Segunda Subida
Em 2011 fui mais preparado, dessa vez com a galera TTCN (Toyota Technical College Nagoya).
Com comida de verdade na mochila, roupa de snow para encarar o frio, um bom remédio e cajado comprado, começamos a subir o dragão. Mas...

Leve.. Tênis!!
A Karen resolveu ir de chinelo até chegarmos ao Monte Fuji, quando chegamos no estacionamento e nos preparávamos para subir, cadê o tênis?! Ele simplesmente havia ficado em casa!

Proteja-se da chuva
Para tornar as coisas mais difíceis, começou a chover a partir da sexta estação, bem no começo. Levamos capa de chuva, mas a capa da Karen era uma permeável [...]!!
Com tênis gigante (emprestado) e roupa molhada, a guerreira seguiu morro acima.

Cris, Leila, Marcinho, Nelson, Eu, Karen, Priscila e Ricardo
Minutos antes da chuva
O2
Algumas pessoas sentem grande falta de Oxigênio devido ao ar rarefeito, leve garrafinhas de O2 para te dar um Up. Suba devagar e descanse por alguns minutos em cada estação para que seu corpo acostume com a nova altitude.

Seja forte
Alguns de nós passaram mal devido ao frio, pressão, cansaço e vento. Cada pessoa irá reagir de forma diferente, é importante dar suporte aos companheiros. Seja forte! Aqui está o desafio: Saber seu limite e se possível superá-los.

Sem pressa
Começamos a subir por volta das 20:00, infelizmente não conseguimos ver o nascer do sol, que aconteceu por volta das 4:00. Por mais estranho que pareça enfrentamos congestionamento de pessoas no último trecho da trilha, que nos fez atrasar por mais de meia hora. Alguém tinha se acidentado e foi preciso chamar o resgate. Suba com cautela e sem pressa.

Companhia
Dessa vez dos 8, apenas nosso amigo Nelson não chegou ao topo.
Jamais suba sozinho, a companhia de alguém é fundamental para sua segurança, além disso, cada momento se tornará mais inesquecível se você estiver com pessoas queridas.



TTCN na boca do Fujão

Apesar dos imprevistos, olha ela aí, no topo!

Não empurra ok?!
A experiência é inesquecível. Uma aventura que desafia seu limite. Se você mora no Japão, é uma ótima oportunidade para quebrar a vida rotineira e viver momentos ricos em aprendizagem e emoções.

Aproveitamos a escalada para fazer a experiência de um componente que equipava alguns carros carburados, explico com detalhes qual é o componente, sua função e o resultado no próximo post.

Reza a lenda que para ter sorte é preciso ter escalado o Monte Fuji em número ímpar. Alguém aí topa?!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O que é Amar?

Resposta ao post da Karen [link]

Em nove anos aprendi que:

Amar é chorar de desespero, porque seu pré-pago ficou sem créditos e você não consegue falar com ele.
Amar é estar disposto(a) a se mudar para onde for preciso, para ficar sempre ao lado dela(e).
Amar é você esperar ansioso pelo final de semana para passear com ela.
Amar é ter aquela paciência nos dias de mau humor dele.
Amar é você sempre dar flores a ela.
Amar é você pegar a chave do seu primeiro apartamento e ela adormecer no chão da cozinha com você, pois ele ainda está completamente vazio.
Amar é você acabar se machucando, porque estava distraída pensando nele.
Amar é fazer as bochechas dela doerem de tanto rir.
Amar é você fazer chapinha no cabelo dela.
Amar é estar sempre disposto a dirigir, pois você sabe que apesar dela ter carta, ela gosta mesmo é de ficar no banco do carona.
Amar é quando a opinião dele(a) é muito importante.
Amar é não dizer tchau, e sim ''até jajá''.
Amar é querer estar bem vestida para ele.
Amar é traçar objetivos e segui-los juntos.
Amar é quando você olha para trás e nota o quanto você cresceu graças ao seu parceiro(a).
Amar é ela acordar mais cedo em um dia corrido da semana, fazer o café da manhã, levar até a cama em uma bandeja toda enfeitada e quando ele acordar dizer: Feliz Aniversário amor!
Amar é ele comer esse café da manhã quase chorando de tão emocionado com o gesto de carinho.
Amar é não gostar de cozinhar, mas fazer a esfirra que ele tanto gosta.
Amar é avistar um casal de velhinhos e ver o futuro ao lado dele(a).
Amar é fazer a vida dele fazer sentido.
Amar é cuidar, ter paciência, respeitar, dar carinho, se preocupar e valorizar.
E o mais importante: Amar é você sempre demonstrar o quanto ama seu parceiro(a).

AMAR é sentir o que sinto por você minha Morena!
Obrigado por cada segundo desses 9 anos ao meu lado. Te amo!




domingo, 22 de abril de 2012

Romi-Isetta e eSetta

E ai pessoal!
Eu não queria insistir com esse assunto de reborn, porém, foi meio que inevitável!

Romi-Isetta

Nesta Terça-feira (17) apareceu em alguns sites automotivos um projeto de como ficaria um novo Romi-Isetta feito pela BMW. O carro ganharia o nome de eSetta.
Você pode estar se perguntando, ''mas que diabos de carro é esse''?
De fato, o carro é pouco conhecido, porém, tem um importante papel na história automotiva do Brasil.

O Romi-Isetta foi o primeiro carro produzido no Brasil, entre 1956 e 1961.
Foram fabricados cerca de 3 mil unidades na industria Romi em Santa Bárbara. Com seus 2,28 metros de comprimento, o micro carro de apenas dois ocupantes e apenas uma porta frontal, tinha uma velocidade máxima de 85 km/h. O consumo era de 25 km/l, nada mal! A meu ver, o baixo consumo de combustível era possível graças ao seu peso de apenas 350 kg. Uma vez que no mundo dos automóveis, leveza é sinônimo de economia.

Mais tarde, o motor Iso, que equipava o carrinho, deu lugar a um motor BMW. Com essa parceria o Isetta ganhou melhor desempenho.

O Brasil vivenciava os históricos 50 anos em 5 de Juscelino Kubitschek. Fabricar automóveis no Brasil era uma prioridade do presidente. Em 1956, JK assinou um decreto que criava o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), o grupo passou a estabelecer as regras para implementação da indústria automobilística brasileira. Em 1957 o GEIA publicava um decreto que concedia incentivos fiscais, cambias e financeiros a empresas que produzissem automóveis que se encaixassem em diversas características, entre elas a capacidade para quatro ou mais passageiros e a presença de pelo menos duas portas. Sem ter esses requisitos, o Isetta não mereceu os incentivos da época e teve seu preço dobrado, tornando-se desinteressante ao consumidor e levando ao seu declínio.













Essa única porta frontal me faz pensar, ''e se ocorrer uma colisão de frente''?
A probabilidade dos passageiros ficarem presos é grande


eSetta 
A proposta da BMW é trazer as características tracionais do modelo para o mundo atual. O ''e'' do nome eSetta faria referência a um propulsor elétrico, mostrando preocupação com o meio ambiente. Lembrando que a BMW nos trouxe de volta o carismático Mini, podemos ter grandes chances do novo eSetta se tornar realidade.

Se você acha o micro carro meio estranho, pode ter certeza,
Eu também acho















Pelo jeito as montadoras estão buscando muito inspiração no passado para seus modelos. Vale lembrar que não só os automóveis, mas roupas, objetos e estilos de vida no estilo retrô também nos influenciam nos dias de hoje.

É isso ai galera!
Um grande abraço.

Obs.: Ativei a versão do blog para smartphones. A versão para PC pode ser acessada clicando em ''visualizar versão para a web'' no final da página.

domingo, 15 de abril de 2012

Infância fotografada

Instagram

Domingo passado me cadastrei no aplicativo Instagram. Ele é gratuito, de fácil utilização, possui filtros e efeitos para personalizar as fotos e é integrado a diversas redes sociais, como facebook e twitter. Recomendo a você que gosta de ver e tirar fotos. Dois dias após me embarcar nessa onda, na terça-feira, o Facebook anunciou a compra do Instagram. Se o aplicativo ficará melhor ou pior que o atual, só esperando para saber. Prefiro ser otimista e esperar que o aplicativo fique mais atraente ainda, dando força a esse belo mundo de fotografias. Por falar em fotografias..


Infância fotografada

Você tem muitas fotos de sua infância?!
Bem, eu não. Dois fatores explicam a razão.

1˚ Fator
Durante minha infância meus pais passavam por uma situação financeira nada boa, isso significa que não tínhamos uma câmera fotográfica, por essa razão, não pudemos registrar muitos momentos em nossa família.

2˚ Fator
Eu ODIAVA ser fotografado! Minha mãe diz que era extremamente difícil conseguir tirar uma foto minha.

Resumindo, minha equação fica assim:
Condições não favoráveis + Ódio por câmeras = Infância mal registrada

O dia que fui enganado

O nível de dificuldade para me fotografar era tamanho que visualize o que aprontaram comigo:

Em um final de semana comemorávamos o aniversário de minha avó. Minha família e toda japonesada, os parentes, estavam na chácara de meu tio. Eu devia ter 5 ou 6 anos de idade. De tarde, minha tia me chamou para ver um papagaio que ficava na chácara (o plano já estava todo armado). Eu inocentemente fui conferir. Quando estávamos olhando o tal pássaro minha tia repentinamente disse apontando com o braço:
- Olha lá!!

Quando estava me virando... [Clack!]
[...] Congelaram esse momento em papel e tinta!
Fiquei tão furioso por ter sido enganado que me lembro desse dia como se fosse ontem. A foto?!! Deixo ela no final do post para você rir mais!

Mile dias

Tenho saudades de minha infância. Saudade da pelada na calçada com meus pequenos amigos, das travessuras, das preocupações tão banais e da inocência.
Se pudesse voltaria ao passado para reviver bons momentos. Entretanto, não mudaria absolutamente nada do que fiz ou deixei de fazer. Acredito que todos os acontecimentos de minha vida levaram a me tornar na pessoa que sou hoje, na qual modestamente, tenho muito orgulho. Deixo bem claro que não me acho melhor que ninguém, longe disso! Mas, me orgulho de poder acordar todos os dias com a consciência limpa e sem arrependimentos.
Aliás, me arrependo apenas de uma coisa, um erro que cometi, e que me incomoda muito. Gostaria de voltar ao passado e me corrigir, bastaria apenas 30 segundos.
Aconteceu em 2008, quando estava no Brasil..
Mas..
Isso fica pra algum outro post, certo?!

Deixo então a foto do tal dia. Ria da minha vida.


A causa foi nobre, caso contrário, nem mesmo essa foto eu teria

Essa foi tirada pela escola que estudava, tinha 7 anos 

Abraço a todos que acompanham o blog.
Até o próximo post.