domingo, 2 de setembro de 2012

Voando baixo

Em carros superesportivos o aerofólio tem a função de manter o veículo colado ao chão. Isso é possível devido a aerodinâmica do equipamento. Pense no funcionamento de uma asa de avião, onde o objetivo é fazer com que o fluxo de ar crie uma força vertical e tire as dezenas de toneladas do chão. No carro essa asa está invertida, fazendo com que a força gerada pelo fluxo de ar seja forçada para baixo, essa força é conhecida como downforce.

Quanto maio for o ângulo de inclinação do aerofólio maior será o efeito de downforce e consequentemente o carro terá um ótimo grip para curvas em altas velocidades.
Digamos que o downforce gera um peso a mais sobre as rodas de tração dos possantes, aumentando a aderência entre pneu e pista e abaixando o centro de gravidade do mesmo. Porém, essa forte aderência faz com que os pneus tenham um desgaste prematuro, além do veículo perder velocidade em retas. Com isso, a busca do melhor ângulo da asa nos carros de competição é constante, uma vez que cada piloto demonstra um temperamento particular na condução de suas máquinas. Esse ''mágico peso extra'' é gerado somente quando o carro atinge altas velocidades, possibilitando um carro leve em largadas e retomadas.


Em muitos carros de passeio o aerofólio acaba tendo um papel mais visual do que funcional. Isso porque esses carros são projetados e limitados para faixas de velocidades onde não haja influência da força de sustentação na estabilidade do veículo, ou seja, a relação força de sustentação/peso é muito baixa. Em contrapartida, alguns superesportivos de rua fazem bem o uso da asa.

Acompanho a Super GT, principal competição automobilística japonesa. Em um dos programas fizeram um teste muito bacana para demonstrar a importância do aerofólio e a atuação do downforce.
Confiram o vídeo com direito a legenda:

    
É isso aí galera! Espero que tenham gostado.
grande abraço a todos.