domingo, 18 de março de 2012

Fórmula 1

Começa hoje a temporada 2012 de Fórmula 1.
Um novo regulamento, imposto pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), fez com que os carros ganhassem um novo visual. A nova regra limita a altura do bico dos carros em 55 cm do solo. Por questões da aerodinâmica as equipes encontraram uma solução que pouco agrada no visual, um degrau no bico.
  
Fonte das imagens: globoesporte
A revista japonesa Sokuho mostra como ficou os bicos dos novos carros

Nem mesmo os pilotos gostaram da nova aparência de suas máquinas. A estética foi tão mal aceita pelos fãs que a FIA deverá fazer ajustes no regulamento da temporada de 2013 para evitar os polêmicos degraus. Apenas duas equipes conseguiram ficar sem o degrau no bico, McLaren com seu chassi mais baixo que as demais equipes, e Marussia que tem parceria com a própria McLaren.


Britânicos Lewis Hamilton e Jenson Button ao lado da McLaren MP4/27
Alemão Timo Glock e francês Charles Pic com a Marussia MR01

McLaren MP4/24, modelo da temporada de 2009

A bicampeã RBR (Red Bull Racing) encontrou uma solução diferente para sua máquina, ao invés do degrau uma entrada de ar foi colocada no bico do carro. Segundo Adrian Newey, engenheiro projetista da RBR, a abertura no bico serve ''simplemente para resfriar o piloto no cockpit''.
Será que essa entrada de ar não favorecerá o carro conseguindo algum ganho aerodinâmico?!
Se a resposta for sim e se for uma vantagem significante, a equipe poderá conquistar o tricampeonato consecutivo!

Alemão Sebastian Vettel e australiano Mark Webber com o RB8 da RBR 

Dois brasileiros representarão o Brasil nessa temporada, Felipe Massa (Ferrari) e Bruno Senna (Williams). Após 19 anos na F-1, Rubens Barrichello passa a correr na Fórmula Indy. Rubinho deixa a principal categoria do automobilístico mundial como recordista de participações.
326 GPS, 11 vitórias,  68 pódios, 658 pontos, 14 pole positions, e 17 voltas mais rápidas, esse é o histórico que Rubinho deixa na mais popular modalidade de automobilísmo do mundo.

Rubinho e seu novo carro na equipe KV Racing da Fórmula Indy

Outra novidade nesta temporada é o retorno de Kimi Raikkonen. O ''homem de gelo'' volta à F-1 após ter corrido no WRC (World Rally Championship) em 2010 e pela NASCAR Truck Series em 2011.

WRC Citroen C4
Nascar Truck Toyota Tundra




Franco-suíço Romain Grosjean e finlandês Kimi Raikkonen com o Lotus E20 

Isso sim que é gostar de velocidade, e em vários tipos de terrenos.
Kimi Raikkonen é conhecido como homem de gelo por ser uma pessoa fria. Ganhando, perdendo, ele está sempre muito estável. E também por morar na Finlândia, a terra do gelo.

Com seu retorno, a Fórmula 1 terá pela primeira vez na história seis campeões mundiais na pista: Raikonnen, Schumacher, Alonso, Vettel, Hamilton e Button.
A temporada também será a com maior número de corridas, serão 20 ao total.

Tatuagem de Raikkonen, pelo jeito o piloto gosta e leva a sério o apelido
Toyota
A Toyota participou da F-1 de 2002 a 2009, quando se retirou diante a crise econômica. Sua participação foi discreta, não conseguindo nenhuma vitória durante sua trajetória na Fórmula 1. Ainda assim, deixou muitos fãs. Quem sabe não veremos um retorno da marca nos próximos anos.

Último modelo da Toyota em 2009, TF109
Ayrton Senna
Dia 21 desse mês Ayrton Senna faria 52 anos de idade.
Em 2010 assisti no cinema ''Ayrton Senna: Além da velocidade do som''. O documentário estreou no Japão antes mesmo do Brasil.
É incrível o carinho que os japoneses têm em nosso ídolo. O que eles mais admiram é o esforço e o auto-sacrifício do ex-piloto. Além claro, da pilotagem jamais vista na pista.
Muitas lojas vendem produtos de Senna, confira algumas fotos que tirei:














Videos:
O sistema KERS e a asa móvel continuarão presentes nessa temporada de F-1. O Bicampeão Sebastin Vettel explica como funcionam os dois sistemas nesse ótimo video acima.
Obs.: o video foi feito para temporada de 2011.


                                     Seis campeões na pista!!

                                     Ayrton Senna - A melhor volta da história da F-1

Gostei do comentário deixado por luriMoreira1 nesse video:
''o unico brasileiro que moveu uma nação, esse é brasileiro de verdade. nos dias de chuva, com trovoada, sei que o barulho dos trovões é o senna trocando as marchas no céu.''


Com a morte de Ayrton Senna, novas normas de segurança foram implementadas para a F-1. Novas barreiras, curvas redesenhadas, altas medidas de segurança e o próprio cockpit dos pilotos foram mudanças feitas na F-1, ligadas diretamente à sua morte.  (Wikipédia)


Em uma eleição para escolher o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos, 217 pilotos que passaram pela categoria foram consultados, e Ayrton Senna foi eleito o melhor. (Wikipédia)

''No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem-feita ou não faz.'' (Ayrton Senna)

Um grande abraço a todos.

domingo, 11 de março de 2012

3月11日

11 de março de 2011, Aichi-ken Kiyosu-shi
Era um dia nublado de sexta-feira, estava na sala de aula do curso da Toyota em uma aula prática de elétrica, fazia dupla com Cristiano Trevisan. As 14:46 sinto uma tontura. Não me recordo quem, gritaram: Terremoto!!! Os próximos 10 segundos foram os mais tensos de toda minha vida. Nossa sala ficava no quarto andar de um dos prédios da escola, o edifício balançava muito.
A Karen me ligou, trabalhava na Sony, disse que apesar de assustada estava bem.

O terremoto assustou todos nós, alguns alunos começaram a ir embora temendo um segundo tremor. Passado o susto, continuei na escola. Após a aula fui com mais quatro amigos a uma loja de ferramentas, durante o caminho um deles ligou a TV pelo celular, só então soubemos a intensidade real do terremoto. A primeira imagem que vi foi de dezenas de carros sendo arrastados com a onda do tsunami em Sendai.
Fiquei muito preocupado, naquele momento pensei em dar meia volta e ir pra casa. Mas estava de carona e chegando a tal loja..
Durante esse tempo a Karen saiu do serviço, quando chegou em casa ligou a TV e viu também a imensa destruição, ela me mandava mensagens, pedindo pra ficar longe do mar e passava informações como: ''Já são 9 mortos e 30 desaparecidos!!'', ''Já são 45 mortos e 100 desaparecidos..''

Cada minuto que passava queria mais ir embora, voltar para casa. Estava arrependido de ter saído após a aula. Preocupei-me muito com meus pais, que estavam no Brasil e que com certeza logo receberiam as primeiras notícias pelos jornais. Decidi ligar pra eles assim que chegasse em casa. Não deu tempo.
Quando me deixaram na escola novamente para pegar minha bicicleta e pedalar até em casa, meu pai me ligou, eram por volta das 19:00.
''Fernando, está tudo bem ai? Liguei o rádio agora de manhã e só se fala do terremoto'' dizia meu pai, disse que estava tudo bem e que não havia com o que se preocupar.

Os próximos dias foram de muita tensão, o alarme da escola da Toyota tocava quase todos os dias com os pequenos abalos que insistiam em vir, descíamos desesperados as escadas dos quatro andares.
Muitos produtos começaram a ficar em falta nos mercados e farmácias. As pessoas, assustadas, compravam água em grande quantidade, acabando assim com o estoque dos estabelecimentos. Produtos que eram trazidos da região de Tohoku começaram a deixar de serem entregues aos mercados, devido a radioatividade que vazou da usina nuclear de Fukushima.

Durante uma semana nenhum canal de televisão passou alguma programação a não ser sobre o terremoto. Todas as emissoras transmitiam notícias sobre a região atingida, mostrando informações de desaparecidos, áreas de refúgios, contatos para arrecadação de fundos às vítimas, etc..

O Terremoto foi de magnitude 9 com epicentro no Oceano Pacífico a 130 km da península do Japão. O sismo provocou ondas de tsunami de10 metros de altura, atingindo e destruindo boa parte da província de Miyagi. Foram aproximadamente 15.000 mortos  e cerca de 3.000 pessoas desaparecidas.

A disciplina e organização da cultura japonesa mostraram-se mais uma vez ser eficaz. Em pouco tempo após o terremoto podíamos ver a remoção dos entulhos e os reparos das construções sendo executado, algo que certamente demoraria muito tempo em qualquer outro país.


















Esta é a imagem que mais surpreende, em apenas seis dias a rodovia estava restaurada

Algo que pude perceber durante o desastre é que o Japão nunca esteve sozinho. Todos os países, independente de cultura, religião ou nacionalidade, estiveram presentes apoiando essa difícil fase do Japão.

Que as feridas deixadas por esse dia sejam cicatrizadas, e que aqueles que nos deixaram nunca sejam esquecidos.

Outras imagens




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